30.12.10

364 dias


Não precisa muito para que eu fique feliz não...
As vezes me sinto aquele cachorro vira-lata que cai da mudança e fica perdido. Mas olha que surpresa alguém para o caminhão e retorna me coloca em cima do sofá novamente e sigo o caminho.
Definitivamente não precisa muito para me fazer feliz. Um pouco de sinceridade. Notar um ou outro talento que eu a exaustão escondo. E disfarçar com bom humor a série de erros que fazem ser como sou (de bom tom, também com outras pessoas).
Inegavelmente não precisa muito para me fazer sorrir. Um abraço. Somente um abraço e um beijo esperado e cá estou eu, menino com o joelho esfolado mas alegria de estar vivo estampado no rosto...
Com tantos defeitos, erros e desassosegos da alma talvez notem que brilha em mim algo bom. Algo maior as vezes do que a minha capacidade de compreensão das situações. Algo que me compele a agir e a me desculpar uma segunda e terceira vez, pelo simples fato de ter em mente que magoar alguém que me faz tão bem, dói. Eu não seguro as lágrimas para deixar sair essa luz em mim, mesmo quando tudo mais me diz que eu devia não fazê-lo. Pouco me importa a razão, por 364 dias eu a desafio. Desafio...
Provar que eu me sentiria mais vivo fazendo o oposto do que faço. Na prova dos nove, eu já colhi o suficiente do resultado amargo do outro lado da resposta...
Esse brilho em mim, as vezes pulsa, bate e ensurdece. Ganha vida. Esse brilho em mim atende por nome, tem endereço, CPF e todas as coisas práticas que fazem a vida mais "fácil", ou melhor dizendo palatável.
Me desculpo uma, duas, três vezes. Pergunto uma, duas, três vezes... não porque eu tenha medo da solidão ou da perda, coisas indissociaveis da minha vida por tanto tempo. Eu o faço, porque pela primeira vez... a simples razão não me convence. E por 1 dia me permito ser o chato, louco, bobo... infinito.

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