31.12.10

Filmes bacanas nas férias: Outrage


A história começa com Sekiuchi (Kitamura Soichiro), chefe da Sannokai, um sindicato do crime organizado enorme que controla toda a região de Kanto. Sekiuchi emite um aviso para o seu tenente Kato (Tomokazu Miura) e seu braço-direito Ikemoto (Kunimura junho), cabeça do Ikemoto-gumi. Kato ordena Ikemoto a organizar a bagunçada gangue Murase-gumi e ele imediatamente passa a tarefa para seu subordinado Otomo (Beat Takeshi), que administra sua própria gangue.
Os filmes de Yakuza do Beat Takeshi são bons até dizer chega. Este é o mais recente ao que parece.

30.12.10

Vulcão


Noite sulfurica...
Calor... Calor. Calor.

364 dias


Não precisa muito para que eu fique feliz não...
As vezes me sinto aquele cachorro vira-lata que cai da mudança e fica perdido. Mas olha que surpresa alguém para o caminhão e retorna me coloca em cima do sofá novamente e sigo o caminho.
Definitivamente não precisa muito para me fazer feliz. Um pouco de sinceridade. Notar um ou outro talento que eu a exaustão escondo. E disfarçar com bom humor a série de erros que fazem ser como sou (de bom tom, também com outras pessoas).
Inegavelmente não precisa muito para me fazer sorrir. Um abraço. Somente um abraço e um beijo esperado e cá estou eu, menino com o joelho esfolado mas alegria de estar vivo estampado no rosto...
Com tantos defeitos, erros e desassosegos da alma talvez notem que brilha em mim algo bom. Algo maior as vezes do que a minha capacidade de compreensão das situações. Algo que me compele a agir e a me desculpar uma segunda e terceira vez, pelo simples fato de ter em mente que magoar alguém que me faz tão bem, dói. Eu não seguro as lágrimas para deixar sair essa luz em mim, mesmo quando tudo mais me diz que eu devia não fazê-lo. Pouco me importa a razão, por 364 dias eu a desafio. Desafio...
Provar que eu me sentiria mais vivo fazendo o oposto do que faço. Na prova dos nove, eu já colhi o suficiente do resultado amargo do outro lado da resposta...
Esse brilho em mim, as vezes pulsa, bate e ensurdece. Ganha vida. Esse brilho em mim atende por nome, tem endereço, CPF e todas as coisas práticas que fazem a vida mais "fácil", ou melhor dizendo palatável.
Me desculpo uma, duas, três vezes. Pergunto uma, duas, três vezes... não porque eu tenha medo da solidão ou da perda, coisas indissociaveis da minha vida por tanto tempo. Eu o faço, porque pela primeira vez... a simples razão não me convence. E por 1 dia me permito ser o chato, louco, bobo... infinito.

27.12.10

Som das férias: Black Keys




Da série filmes nas férias: Zatoichi

Japão, século 19. Zatoichi (Takeshi "Beat" Kitano) é um andarilho cego que sobrevive como massagista e jogador de cartas, mas por trás de sua aparência humilde esconde-se um espadachim de raro talento. Numa de suas andanças ele chega a uma aldeia dominada pelo sanguinário bandoleiro Ginzo (Ittoku Kishibe), que, com a ajuda do samurai Hattori (Tadanobu Assano), seu capanga, elimina quem se oponha a seus objetivos. O embate entre Zatoichi e a quadrilha de Ginzo torna-se inevitável quando o cego conhece duas gueixas que desejam vingar a morte dos pais.
Vou aproveitar o tempo e fazer uma maratona do Beat Kitano. Ver de novo o Hana-bi, Brothers...

Ocean Heaven


Acordei. Movi o braço lentamente tentando não deslocar sua cabeça. Queria começar o dia de forma diferente. Colocando as pernas para fora da cama, busquei os chinelos. Sentei. Você não acordou. Que bom resmunguei comigo mesmo. Podia voltar, me aconchegar novamente e dormir mais um pouco. Mas não consigo. Ou consigo ? Deito novamente ao seu lado, desajeitado, minha mão acariciando seus cabelos. Engraçado você dormir assim. Os olhos meio abertos, piscando rapido, sonhando. Entre a realidade e a fantasia. Gostaria de saber onde me encaixo.
Enfim levanto. Saio pelo corredor e abro a primeira janela que vejo. O dia ainda nao chegou, esta escuro, mas mesmo essa tenue luz me deixa zonzo. Desequilibro, sinto nauseas e volto procurando abrigo. Mas o quarto esta longe. Sento na sala no tapete. As pernas curvadas, resgatando a intimidade com meus pés. Penso que crescer é perder a intimidade com os dedos dos pés. Ainda ontem, criança eles não saiam de vista, fosse na idade mais tenra do contato com a minha boca, fosse dos muitos machucados das peladas nas ruas. Cresci, e eles ficaram distantes. Quando morrer então eles estarão tão longe quanto as estrelas, rijos, perpetuos em esquadro final.
Tentei fumar por diversas vezes, esses anos. Mas ainda odeio cigarro. Na hora até é agradavel, mas ressaca com gosto de tabaco é um soco na alma no dia seguinte. Preferia o gosto do beijo recente. Ela ainda dorme. Uma bebida, um pedaço de papel e caneta. Faço esforço para levantar-me de onde estou, mas ainda estou tonto pela luz do dia que se avizinha. Ganhei tanta intimidade nos olhos para o ambiente que deixei a pouco que pouco me importa o resto do mundo. Nesse meu pequeno paraíso. Escrevo a primeira frase. Achei melhor sequer voltar a ela. Se der muitas voltas eu não tomo coragem de dizer. E passei tantos anos as voltas com as repetições infinitas dos sentimentos que eu guardei para você. A minha cabeça ferve. Tantas coisas. Para ser ao menos mais simpatico coloco a segunda frase e a ela retorno numa leitura que guardou um singelo respeito : "Gosto quando usa batom vermelho, combina com seu rosto alvo e seus cabelos igualmente rubros. Gosto dos seus olhos cor de mel". Paro um instante tomo um gole de um bourbon qualquer da cristaleira, que consigo alcançar com meus pés (esses meus grandes amigos). A terceira, a quarta e a quinta frase. Paro e me contenho. Acho tudo uma grande repetição das coisas que passei a dizer em tom de oração. Queria poder fugir disto. Mas ao que parece novamente o "eu amo você", me volta em tom de redenção desta minha alma. Rabisco o papel, como se cortasse da minha propria carne, tentasse tirar a marca indelevel de como sou seu. E você ainda dorme. E sonha.
Escrevo. Entre goles e golpes da caneta.O plano inicial era ter um cartão, um rascunho do que eu deveria te dizer, um molde desta minha alma para deixar para você. Mas tornou-se um texto, com tantos erros, acertos e possibilidades, quanto as que você me permitiu viver todos estes anos. Anos...
De minutos, para horas. De horas para dias. De dias para meses. De meses para anos e eu ainda busco em mim a resposta para o porque gosto tanto de você. Por que me permiti tanto ?Por que os inumeros bailes em que pisei no seu pé ? Por que todas aquelas reuniões em que dei um e outro fora. E os trabalhos em que só você conseguiu me animar e dar alento, me pergunto, novamente, "por que eu te amo assim ?". E o papel rabiscado, meio amassado agora ganha um borrão que uma lágrima faz. Habito que eu não conseguirei mais corrigir. Quando as palavras faltaram todos estes anos, as lágrimas falaram muito mais do que eu tinha planejado. Chego ao paragrafo final, e leio, tranquilo... com um sono. E cada vez mais incomodado pela luz, do dia que chega.

"Meu grande amor. Hoje é meu último dia de vida. Como bem sabe, estamos todos assim marcados, com esta marca de Caim. Deixamos o paraiso e como ultima dadiva das muitas que tinhamos, nascemos já conhecendo o dia em que iremos morrer. Todos estes anos eu vivi ao seu lado, pensando qual seria a sua data. No começo quando combinamos de não contar , de sequer comentar a respeito do assunto, eu consenti, mas todos este tempo vivi com um peso de não ser o suficiente. Eu tentei te amar ao limite do que eu era e do que eu sou, para não perder um instante desta vida. E por fim vejo que o meu dia chegou e o seu não. Daqui a alguns minutos quando você despertar eu estarei aqui. De forma resoluta, perpetua e tão intransigente quanto todos os meus caprichos, eu estarei aqui. Uma última vez tento inovar o que tantas vezes chegou a te aborrecer... esse gostar simples e sincero. Talvez acerte. Talvez resgate um sorriso deste seu rosto. E de tudo o que eu poderia dizer, não há nada melhor do que isto, que eu aprendi com estes anos ao seu lado... a unica verdade : quando você desperta para este mundo, sou eu quem sonha ao seu lado.

P.S.: Seu omelete é o melhor do mundo "

26.12.10

Dos contos de fadas inusitados : Fada dos dentes

Desenhos politicamente corretos ao extremo - Tom & Jerry

Da série filmes nas férias :Chuva de milhões

Montgomery Brewster (Pryor) é um jogador de beisebol quebrado que se descobre o único parente vivo de um excêntrico multimilionário (Hume Cronyn). Monty tem a chance de herdar US$ 300 milhões, mas somente se puder gastar US$ 30 milhões em um único mês sem adquirir bem algum. Se fracassar, voltará à estaca zero.

How deep ?


" - Tente !"

Se pudessem ler minha mente em momentos desconcertantes, e situações em que não tenho lá muito controle, encontrariam em destaque essa frase. Não tenho me negado nos ultimos meses a tentar...
Tenho tentado. Ainda não parei para refletir todas as mudanças, dificuldades, alegrias e tristezas do caminho de 2010. Mas uma coisa é inegavel, eu tenho tentado... com mais força e com mais vontade do que em muitos outros momentos da minha vida.
Me agarrei a felicidade com a mesma intensidade com que enfrentei as dificuldades.
Tenho tentado...
Ser mais tranquilo. Ainda que eu guarde em mim um pessimismo como qualquer outra pessoa. Eu tenho tentado... e tenho gostado de tentar.
Fiz o meu melhor. Mesmo quando eu tinha absoluta certeza das minhas limitações eu fiz o meu melhor.
Eu preciso crescer. Em tantos sentidos. Eu nunca fiquei estacionado na vida. Mas viver sozinho abre uma grande margem a egoismos e falta de foco. Eu sempre considerei o meu crescimento pessoal um fato importante. Sedimentado pela presença de pessoas vitais. Esses que calmamente entram na minha vida para não mais sair. Neste ano descobri que por eles tambem eu devo tentar...
Mesmo sem ritmo. Mesmo sem jeito. Mesmo bobo e tropeçando. É tudo o que eu posso fazer e é tudo o que eu devo fazer. Nesse e em todos os outros anos a frente ainda.
Eu só não quero mais ouvir com o som da minha própria voz este, "tente". Quero ouvi-lo sussurado docemente ao ouvido.

" - Tente ! Eu acredito em você."

24.12.10

Natal


Esse silêncio pela casa... saudade, tristeza e azeitonas.

11.12.10

La nostalgie partout

La nostalgie partout...