14.3.10

Ser ou não ser Geraldão


Fiquei triste com tanta coisa nos últimos dias. Mas nada foi mais dolorido do que a notícia da morte do Glauco. Quando eu soube até pensei se não era o Glauco Mattoso, o poeta "marginal". Alias abro um parentese, nessa minha fala... como conseguiram implantar tão perfeitamente a ideia de "controle" nas pessoas ? Minhas últimas experiências, tem me levado a crer as vezes que dormi e acordei num mundo babaca para caramba, onde o máximo da rebeldia é dar tapas na cabeça das pessoas e rir de drogados chapados na T.V., não porque eles estão subvertendo a ordem aparecendo em horário nobre no domingo, mas simplesmente porque continuam desempenhando um "papel" que é deles mesmo, servir de distração para as massas. E aí volto ao Geraldão e ao "geraldiar". Quando tinha 11 anos comprei escondido pela primeira vez três revistas, depois de muito negociar com o tio da banca. Uma Circo, uma Chiclete com Banana e uma do Geraldão( tá e uma do Tex para não perder de vez o eixo daquele meu mundinho hauahuah). Aquele para mim foi um momento de apice de liberdade e curti pacas cada segundo de aventura. Era como morder a maçã do conhecimento do bem e do mal. Depois daquilo passei a achar a Mônica uma recalcada, o Cebolinha um manipulador e o Xaveco um filho da puta ! hauahauhau. E fui crescendo. E ao crescer o pensamento as vezes me levava a imaginar como seria meu bigode, como seria sair a noite para beber, conversar, namorar pra caramba, ter um cachorro que faz truques como a Lassie e o Rin tin tin, mas que não é babaca...
Hoje, com as experiências recentes que tive, paro de olhar para este futuro incerto, com pêlos brancos na barba...
Olho para trás, não só com saudade, mas para não esquecer jamais daquele espírito de aventura. Ao menos alguém tem que se lembrar do porque era assim e do porque era tão bom.

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